Olá maltinha. Espero que estejam bem. Hoje falo-vos de filmes, algo que não fazia há algum tempo, isto potque não tenho visto assim tantos - nãoencontro os que quero realmente ver - e porque alguns dos que vejo não me impressionam de todo.
No domingo são os Óscares, o que faz deste post bastante oportuno, mas se estão à espera de um guia, esqueçam, porque eu este ano não me senti de todo atraída pela maioria das escolhas da Academia.
Eu queria ver The Danish Girl por razões óbvias: é o Eddie Redmayne... a fazer de mulher. A verdade é que não gostei muito do filme.
Para quem não sabe, The Danish Girl é a história de Lili Elbe, uma pintora dinamarquesa que se tornou das primeiras transsexuais conhecidas nos anos 30, e foi também das primeiras a completar a transformação, antes de acabar por morrer, mas também da mulher com quem se casou enquanto homem e que a acompanhou até morrer.
Agora, chamem-me preconceituosa, mas achei o filme um pouco desconfortável de ver, para além de um pouco parado. Não vou dizer que não está bem feito, e se calhar para outra pessoa é um excelente filme, mas não me cativou. Na verdade, até me senti bem mais ligada a Gerda, a mulher que acompanha Lili, do que à própria.
Além disso, e tendo em conta que li esta história há alguns meses quando comecei a ouvir falar do filme, achei que alteraram bastante, mas não posso dizer mais porque são spoilers e dos grandes.
Enfim, talvez seja de mim, mas não voltaria a ver.
The Experimenter é mais uma história real, esta passada nos anos 60 e 70. Segue Stanley Milgram e os seus polémicos estudos sobre a obediência. nos quais ele fazia crer a pessoa que estavam a dar choques elétricos a desconhecidos de modo a testar a eficácia do castigo como método de ensino.
O filme tem um formato interessante, porque é narrado como se fosse o próprio Milgram a reviver a sua própria história, o que o torna diferente e algo teatral. Essa forma de contar a história foi bem escolhida, porque de outra forma o filme torna-se um pouco monótono.
Eu confesso que, mais uma vez, o que me cativou realmente foi o estudo em si e as suas conclusões, e não tanto a vida de Milgram.
É um filme interessante para quem, como eu, se interessa por sociologia e por esre tipo de estudos em particularm mas não é um grande meio de entretenimento.
Confesso que nunca percebi o encanto de O Principezinho. Sim, claro que tive uma cópia quando era pequena e que a li, mas a história nunca me tocou a sério.
No entanto, esta adaptação, com um formato de 'história dentro de história' cativou-me, especialmente porque o narrador tem a voz do Grande Smurf na versão portuguesa, e a animação em si é bastante alegre e expressiva.
Esta é definitivamente uma versão diferente da história, modernizada, contada do ponto de vista de uma criança que a lê nos dias de hoje, e eu achei a ideia girissima, até porque se mantem fiel ao 'essencial' do livro, narrando toda a história, pelo que me lembro.
Depois a história introduz uma segunda parte - o original não é assim tão longo, se bem me lembro - e por momentos pensei que eles teriam estragado uma coisa boa, mas depois percebi que esta adição não foi só para encher espaço, mas também para tornar a mensagem mais clara e ligar definitivamente ambas as histórias iniciais.
Para mim, no entanto, o ponto alto é a animação, que é feita num estilo moderno para a história principal mas é baseada nos desenhos originais para as partes do livro. É como ver o livro ganhar vida, o que é fascinante. Além disso, adorei quando ambas convergiram no fim.
É um filme bonito e divertido, que vale a pena ver em qualquer idade, mesmo não sendo fã do livro.
Já ouvia falar - e bem - do Inside Out há imenso tempo, mas a verdade é que nunca tinha visto sequer um trailer. No entanto, surgiu a oportunidade e lá fui ver.
Infelizmente, o progrma que estava a usar deu-me alguns problemas, por isso não consegui ver o filme em todo o seu esplendor, mas do que vi, eu gostei.
Para quem não saiba, esta animação da Pixar segue uma menina pré-adolescente e aquilo que vai dentro dela, dando cara e personalidade às suas emoções. O mundo criado é girissimo, super completo, com tudo super bem pensado. A animação é excelente, cheia de cor e movimento. Os personagens são um espanto, embora eu deva ser das poucas pessoas que não se 'apaixonou' pela Tristeza. Na verdade, eu adorei mesmo foi a Alegria, a Raiva e o Medo. xD
Para além de ser um conceito super original, adorei a mensagem, que é um retrato perfeito da idade do armário, e por isso recomendo aos miúdos, mas também, talvez até sobretudo, aos graúdos!!!
O Quarto é um dos filmes nomeados para os Óscares e um dos poucos que me chamou realmente a atenção. É baseado num livro com o mesmo nome, que conta a história de um menino de cinco anos e da sua mãe, ambos presos num 'quarto' por um homem que raptou a rapariga, Joy, na sua adolescência.
A história é-nos contada pelo ponto de vista do menino, Jack, e começa basicamente com o seu quinto aniversário, que vem mudar por completo a vida dos dois.
Eu adorei o filme, adorei a expressividade do menino e a vivacidade que a perspetiva dele e a maneira como ele vê e depois mais tarde descobre, o mundo dá à história.
Tenho a dizer que esta não é uma história real, e isso nota-se um pouco pela forma como as coisas se resolvem com bastante facilidade. mas é a minha única queixa.
Pessoalmente, mesmo sem ter visto as outras atuações, não dava o Óscar à Brie Larsson, mas isso são opiniões, I guess.
Espero que tenham gostado deste post, e que vos tenha dado ideias de filmes para ver, se não o tiverem feito ainda. Se já viram estes filmes, não se esqueçam de me dizer o que pensaram!
xoxo